quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Adeus nonó, nem ponto e nem nó

 Suas roupas rotas e sem cor eram por ela remendadas

na sua costura sem linha sem agulha definia e fechava.


O tecido gasto pela rotina, a cor sem cor que não cabia,

na lida que alinha suas tramas e agora clama sua vida.


Eis que posto na porta da casa, em cima da mesa de única vela,

ela chora sem atar os nós que antes dera.


Adeus Nonó, agora se alinha em uma postura que a vida não era.

Elegante está nem ponto nem nó a sua espera.

 

Fabíola Soares Ferreira

Sem comentários:

Enviar um comentário