sexta-feira, 9 de abril de 2021

LETRAS LIVRES GERMINAM CONEXÃO

 


Sempre é a hora de rasgas o tédio, a aparência e o ódio
Há tempos, é verdade, que a hora clama com mais firmeza
Há os que impõem, mas há os que dizem não
Os sujeitos do não que vocaciona o sim vivem o paralaxe da conexão proibida
Aqueles que impõem dizem não para a vida
A multidão que vive a imposição diz não para a opressão
Muitos sujeitos que nem se descobriram como tal, não encontram o sal
Muito o que fazer, pois são necessárias ações para o não e para a descoberta do dizer
Já tanto é feito para comer, andar, dançar, cantar, estudar, ter saúde e viver
Parece que não há tempo de suspirar alto pela vida e fazer para a conquista do viver
Mas só parece, só é sentido, é o peso da imposição de cada ditadura que parece não parar de chegar
Mas atenção: cada ditadura nos exige a descoberta daquilo que inunda de sim o não
E muitas ditaduras marcaram em nome dos que se apropriaram e roubaram
Impuseram as desigualdades pela apropriação do comum
Se apropriaram da terra, da natureza, da riqueza que brota para forjar seu Estado
Estado cerzido em ditadura da imposição, crueldade, das mentiras e mortes
E faz parecer que a imposição tem o som em militares ou em mentirosos de plantão
Mas as sujeitas, pessoas, que em cada ditadura diz não, 
Produziram, produzem e produzirão, na conexão da unidade, um grito forte de sim pelo viver
Amar, sonhar, pensar, agir, se descobrir nessa terra que padece da imposição da mentira que cultiva morte e opressão
A verdade está escondida então vamos trazer a fogueira que traz o conhecimento para os sentidos
Os sentidos dos dedos no piano, que branco e preto das teclas parece fazer som
Precisa chegar na inteligência coletiva do martelo nas cordas de onde o som vibra pra valer
É nessa valia do entender, do conhecimento, da solidariedade, da dissonância da libertação
Que é possível abrir estradas para rasgar todas as ditaduras no chão da libertação
A natureza que é nossa, a beleza do tempo natural, aquilo que parece invertido por impostação
Clama sempre pelos sujeitos da libertação e essa é nossa conexão
Colonização, estado novo com tempero do velho, militares empregados dos poderosos do capital
Todo esse mal que força a morte sobre o corpo precisa ser rasgado em um coletivo sopro
Sopro que diz não ao capitalismo no mesmo som que vem o sim do Bem Viver
É isso que vamos ter, isso que tivemos ontem que em 31 de março de 64 é grande marca
Teremos agora também, em pleno século XXI, em conquista abera pela vida 
Que faz a periferia dar um grande abraço com todos os corpos que vivem da venda de trabalho
Eis o abraço da libertação, com tecnologia sadia e inteligência da multidão
E bebe um pouco das letras da liberdade que grita livre em nome da libertação
Vem nessa bebedeira da alegria da sabedoria coletiva germinar conexão