De Ju kerexu
Ao caminhar, cores se entrelaçam...
Cores se entrelaçam aos cantos...
Cantos se entrelaçam as pisadas...
Pisadas se entrelaçam a ancestralidade...
Ancestralidade se entrelaça aos corpos trajados de pena e cocar...
Trajados com adornos na mais pura essência, iluminando o caminhar de pés firmes ao chão...
Firmeza vindo acompanhar o pulsar do útero, o útero gerador...
Gerando luz, força e gratidão...
O caminhar ao Sol que ilumina os corpos já tão sofridos, que mesmo com a dor do passado, o presente se forma na força do ventre, que carrega toda a verdadeira ancestralidade...
O caminhar ao Sol ilumina as silhuetas do ser mulher, trajado na mais pura verdade, a verdade nas cores resplandecentes do jenipapo, que preteia com o carvão e o vermelho sangue do urucum...
Cores ao Sol iluminam o vislumbrar de um futuro colorido, trajado com a coragem, força e esperança do ser mulher...
Mulheres indígenas, mulheres originárias!