sábado, 19 de março de 2022

Ampulheta

Por Fabíola Rodrigues

 

O tempo é areia branda

que esvazia-me em contento

que passa e arrasta, como vento

e nem a morte espanta.

 

E assim é que se lança

maldito badalar de tempo

que não se cansa em lamento

e espera a solidão que avança.

 

Então me abrace,  desesperança

enquanto passam as horas

eu me seguro às lembranças.

 

Que o relógio bata agora

a areia me enterre mansa

últimos grãos de esperança.




 

 

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